FAESC quer mais diálogo entre laticínios e produtores de leite

Notícias

Home / Notícias / FAESC quer mais diálogo entre laticínios e produtores de leite

FAESC quer mais diálogo entre laticínios e produtores de leite

28 de julho, 2021

A queda no consumo e o aumento dos custos de produção colocou mais uma vez em crise à cadeia produtiva do leite. Para superar impasses e estudar propostas para o setor, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC), José Zeferino Pedrozo, pediu a urgente abertura de uma linha de diálogo entre as indústrias de lácteos e os produtores rurais.

O clima entre os dois principais agentes da cadeia produtivas, laticínios e produtores, esquentou depois que as entidades representativas da indústrias publicaram um manifesto relatando as dificuldades do setor e propondo o  compartilhamento do sacrifício e sugerindo que produtores, varejo e o governo se juntem ao esforço da indústria na superação deste momento difícil. Os produtores reagiram, sustentando que estão cansados de pagar sozinhos a conta quando o segmento de lácteos não vai bem.

Pedrozo entende que o momento é de procurar soluções para manter a viabilidade da pecuária leiteira e evitar que mais produtores abandonem a atividade. Ele analisa que a queda no consumo decorre da alta taxa de desemprego e da redução da renda das famílias, fatores que impactaram a capacidade de consumo de boa parte da população. De outro lado, o aumento sem precedentes dos principais insumos – milho e farelo de soja – encareceu a produção de leite. Esse conjunto de variáveis afeta tanto o produtor de leite quanto os laticínios.

O presidente da FAESC fez um apelo para que os laticínios façam a manutenção dos preços e evitem reduzir a base de pagamento, para não ampliar a crise dos criadores e, por outro lado, aprimorem a remuneração por critérios de qualidade.

Período de transição preocupa

A pastagem de inverno acaba em setembro e inicia o plantio das pastagens de verão logo em seguida. Porém, segundo Pedrozo, a previsão de geada generalizada pode piorar a situação dos pastos. A transição entre pastagem de inverno e pastagem de verão exige o uso de silagem e de concentrado para ração, entretanto muitos produtores não conseguiram fazer silagem. Além disso, o custo do concentrado está nas alturas.

O dirigente lembra que a cadeia produtiva de lácteos vem fazendo, nas últimas décadas, fortes investimentos para a contínua elevação da qualidade nas várias fases do processo. Nesse esforço se aliaram às cooperativas, os laticínios, os produtores rurais e os integrantes do Sistema S (Senar, Sebrae e Sescoop). “Não podemos continuar nessa gangorra de crises cíclicas na cadeia do leite. O produtor precisa de mais segurança para programar seus investimentos e auferir os lucros necessários para se manter na atividade e prosperar com dignidade.”

Para assegurar um canal de diálogo entre as partes, em 2006, a FAESC e o Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados de SC (Sindileite) criaram um organismo privado para articular e desenvolver a cadeia produtiva do leite em território catarinense: o Conselho Paritário Produtor/Indústria do Estado de Santa Catarina (Conseleite-SC). Esse colegiado promove o relacionamento entre os integrantes do sistema agroindustrial lácteo, conjugando esforços de todos os agentes econômicos, desde o fornecimento de insumos, a produção de leite nas propriedades rurais, seu processamento pela indústria, distribuição dos produtos derivados, até a venda dos produtos finais ao consumidor.

 

Fonte : Faesc - Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina

Notícias



MAIS NOTÍCIAS...

Proluv
Top